SUSTENTABILIDADE
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Para além das boas práticas exigidas pela FSC® e PEFC, no âmbito da nossa certificação florestal (Grupo GFS CERTIBEI) e das obrigações legais, existem muitas outras que decidimos seguir por acreditarmos que o ambiente em geral e a floresta em particular são um bem essencial que temos o dever de proteger, conservar e melhorar para as gerações futuras.
Entre outras podemos destacar:
a) Não-mobilização do solo com grades de disco para controlo da vegetação (utilizamos corta-matos e onde necessário, roçadora). A mobilização do solo facilita a erosão do mesmo, causando perdas de biodiversidade e fertilidade, tanto a curto como a longo prazo. As grades também causam danos nas raízes superficiais das árvores, diminuindo a sua capacidade de absorção de água e de resistência a doenças. A utilização de corta-matos é mais dispendiosa e por isso, evitada por muitos.
b) Utilização de diversas espécies com intuito de promover a conservação, biodiversidade e beleza natural. Em vários locais (nomeadamente margens de linhas de água, limites da propriedade e beiras de estradas) plantamos ou protegemos árvores sem interesse comercial mas com elevado interesse ecológico tais como freixos, salgueiros, lódãos-bastardos, ulmeiros, etc.
c) Evitamos ao máximo e pretendemos eliminar totalmente a utilização de herbicidas e pesticidas. Para tal, utilizamos outras técnicas para eliminar plantas invasoras ou impedir a sua propagação.
d) Promoção da polinização e presença de abelhas. Em 3 das nossas propriedades temos apiários com abelhas e preservamos sempre que possível arbustos e plantas aromáticas que são essenciais neste processo. A mais comum nas nossas propriedades é o rosmaninho, facilmente detetável pela sua cor violeta e aroma forte.
SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA
A floresta é um investimento de (muito) longo prazo. Um sobreiro demora cerca de 25 anos a ter tamanho suficiente para a primeira extração de cortiça, que por norma tem apenas um valor insignificante. Só 9 anos depois será extraída a primeira cortiça com valor comercial, o que significa que, no caso do sobreiro, só 34 anos depois da sementeira/plantação, teremos algum rendimento (assumindo que a árvore não morre de seca, incêndio, destruída por animais, etc).
Outras espécies florestais geram habitualmente algum rendimento num período inferior, mas o retorno do investimento inicial (compra do terreno, plantações, manutenção, infraestruturas, etc) apenas é conseguido passadas várias décadas. A introdução de algumas áreas de árvores de fruto (nomeadamente castanheiros e pistachos), permitirá antecipar algum rendimento, embora necessitando de um maior investimento inicial.
Assim, o investimento em floresta, dada a falta de apoios públicos e privados para a mesma, é impraticável a não ser que se tenha em consideração um horizonte temporal extremamente alargado. Na RH temos essa noção e preparamos o nosso futuro de modo adequado.
Praticamente todas as áreas geridas por nós são propriedades florestais recentes. A grande maioria das árvores é jovem e ainda vai demorar vários anos até gerar alguma rentabilidade. Esta será maioritariamente conseguida através da extração de cortiça, venda de frutos secos (castanha e pistacho) e madeira. Outras possibilidades serão a apanha de cogumelos silvestres, turismo de natureza, resinagem, entre outros.
Destacamos ainda a possibilidade de os serviços do ecossistema proporcionados pela floresta virem a ser valorizados em termos de mercado, não só o sequestro de carbono mas também a biodiversidade, regulação do ciclo da água, manutenção dos solos, etc. No nosso entender esta poderá vir a ser uma das principais fontes de rendimento da floresta, substituindo aquelas que envolvem corte de árvores.
SUSTENTABILIDADE SOCIAL
Temos quatro funcionários locais que trabalham a full-time connosco nas propriedades. Para além destes empregos diretos, vários dos trabalhos florestais e agrícolas que são necessários de modo recorrente são geralmente prestados por empresas e associações locais, criando emprego e valor na região.
A presença habitual de trabalhadores nas propriedades florestais, bem como os próprios trabalhos de manutenção necessários (controlo da vegetação espontânea, limpeza de caminhos e aceiros, etc...) diminui drasticamente a probabilidade, dimensão e severidade dos incêndios florestais.
A produção de bens e serviços nos territórios do interior é essencial à fixação de população jovem nestes territórios e a base de qualquer política de coesão social e territorial. Ficamos felizes por contribuir um pouco para isso.
CERTIFICAÇÕES
As propriedades sob gestão própria da RH estão certificadas pelo Forest Stewardship Council® (FSC®) (FSC-C105877) e Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC) e integram o grupo de gestão florestal sustentável CERTIBEI.
Contribuir para a gestão responsável da floresta é um dos compromissos assumidos pela RH, de forma a fazer parte de um mercado ambiental e socialmente consciente.